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Chivas, o bardo

Eu não imaginava que iria dar certo. Veja bem, quando um grupo de aventureiros desafortunados em ambos sentidos precisam de alguma ressurreição, eles vão naquele que for mais barato, sem questionar muito pra não ficarem com peso na consciência. É o que aconteceu com os Furões do Deserto. Que tipo de nome é esse? E que tipo de grupo não tem nenhum clérigo, ou paladino, ou qualquer membro que entenda o mínimo de religião? Enfim, não era de se estranhar que em um grupo inútil, o mais inútil havia morrido. Estamos falando, é claro, do bardo. Após uma missão semifracassada, que resultará em duas mortes (apenas uma com o corpo semiintacto) os aventureiros buscaram a recompensa (4 moedas de prata) e procuraram por um clérigo que ressuscitasse o bardo deles. Enquanto eles procuram o tal clérigo, eu vou apresentar a vocês o Stu. Um humano bem menor que o esperado, Stu sempre era confundido com um halfling, ou com uma criança. Ele nunca foi muito inteligente, mas sempre foi muito sensível aos de...

Ingrid (o começo de um BG)

  A chuva cai enquanto molhando o cabelo e as roupas de Ingrid. Ela está cansada e já não sabe o que é suor e o que é água da chuva. As pernas dela doem, se fosse em outra circunstância ela teria desistido, mas não naquele momento. Quando Ingrid viu Estevão no vilarejo havia pensado que era apenas mais um forasteiro. Restória não era exatamente um lugar que era destino de qualquer pessoa, no máximo o ponto de descanso de uma ou outra alma perdida. Com sorte estava no caminho de alguém. Talvez por isso os quartos do "Jumento Manco" a taverna e hospedaria da família de Ingrid andavam tão... empoeirados. Na verdade ultimamente os únicos hóspedes daqueles quartos eram as aranhas. Dessa vez era diferente, Anton, o forasteiro que entrava naquela taverna disse que iria passar alguns dias lá. Ele estava indo para algumas festividades de sua família em uma cidade mais ao sul do vilarejo, porém não muito distante. Os longos dias de viagem estavam cobrando seu preço e ele precisar...

Insegurança

É engraçado que as pessoas sempre esperam de mim que eu seja uma pessoa decidida, de iniciativa. Mal sabem que em situações que são novas pra mim, ou em que eu tenha muito a perder eu simplesmente travo. Preciso sempre de um ou outro sinal, e quanto mais arriscado menos sutil esse sinal tem que ser. Se eu tiver muito medo mesmo de perder algo, aí que eu não me arrisco... Isso explica que, enquanto eu não estamos próximos eu até consigo arriscar: pra ser bem sincera, se não fosse Philipe, Lorrane, Caio e Bárbara me enchendo a cabeça eu provavelmente ainda não teria nem me declarado 😅. Mas, já que isso aconteceu, a distância eu não consigo me conter e o medo de te perder me faz querer que você tenha certeza de que meus sentimentos não diminuíram. Ao mesmo tempo, eu prefiro esperar que você tenha a iniciativa: seja de me falar que não sente nada por mim, e então seguiremos em frente (cada um no seu caminho), ou então de dar os próximos passos (particularmente, essa última opção me agrada...

O Dilema de Deodatto

Deodatto sempre carregou consigo o peso de buscar a perfeição. Para ele nada poderia ser mais ou menos. Na verdade ele se acostumou com isso e também que não poderia mostrar suas fraquezas. A fraqueza é um defeito pra quem é feito pra ser forte. Mesmo assim ele sempre tentou seguir em frente e mesmo depois de tentar disfarçar a fragilidade que estava nos seus sonhos. Até que decidiu se arriscar. Começou a se abrir pra outras pessoas, mas quando você se abre pra alguém e essa pessoa não está pronta, quem se machuca é você. Muitas vezes Daodatto tentou, muitas vezes foi ferido. As feridas foram diversas e algumas profundas. Assim, ele passou a se entregar a coisas e situações. Pelo menos assim ele não se decepcionaria. O medo de se machucar novamente o refreia quando aparece uma oportunidade de tentar. Como ele pode ter certeza que dessa vez vai ser diferente? A resposta é: não tem como. Agora ele encara novamente o penhasco. Ele precisa dar novamente um salto de fé. Não importa o quanto...

O Tesouro de Diana

Diana estava andando, decidida a não deixar mais ninguém pegar sua caixa, muito menos pegar seu tesouro de vidro. Tantas vezes quebrado e remendado... Dessa vez ela não daria essa caixa pra ninguém. Andando entre lágrimas ela acabou chegando em um vilarejo. Os moradores de lá tinham, cada uma energia forte que emanava deles. Com certeza não era um lugar que os duendes não achariam sua caixa, jamais seriam capazes de captar a energia para lhe pregar uma peça roubando o conteúdo da caixa e entregando pra qualquer um... Ela achou realmente que ali não correria perigo. Tentou conhecer todos os moradores de lá, e isso foi criando um abalo na energia da Diana e também do local. Quando ela percebeu isso já era tarde. Ela estava em um canto, quando avistou um duende. Desesperada ela saiu correndo pra ver se achava a caixa. Por um tempo ela sentiu um alívio, mas ao abrir a caixa seu tesouro de vidro carmesim não estava lá. Os sintomas do afastamento não tardaram a aparecer. Ela ainda não tinha ...

Confusão (um texto mais direto)

Eu, definitivamente, não sei ler nas entrelinhas. Isso somado com a minha tendência de pensar demais nas coisas só me deixa mais confusa. Achava que quando eu te reencontrasse eu finalmente teria uma clareza da minha vida, uma clareza sobre nós. Mas depois de ontem eu acho que, por incrível que pareça, eu sei menos ainda do que eu achava que sabia. O que aconteceu foi definitivamente algo que eu não esperava, mas foi muito bom. Não vou expor aqui todos os meus pesamentos, mas vou falar sobre algumas surpresas. Por mais que eu quisesse muito te reencontrar, eu tentava me convecer de que no fim da contas você acabaria não indo. Não se pode negar que você a pessoa que eu mais tenho dificuldade de ter contato, ironicamente. Já tive até pensamentos intrusivos de simplesmente passar na sua casa, ver se você está por lá pra conversarmos sobre qualquer assunto que fosse. Logo afasto esses pensamentos, sabendo que seria estranho e intrusivo. Você não imagina a felicidade que fiquei ao saber que...

Acredite

Acreditamos em cada coisa... algumas são simples de se acreditar, como a existência de objetos ou pessoas que podemos tocar Outras coisas são críveis, como a história que tem registros, como ciência e tecnologias que nem sempre entendemos ou vemos, mas sabemos se plausíveis. Tem aquelas que pra nós é fácil, nós foi concedida a fé e, mesmo que não possamos explicar em sua plenitude, nem sequer entender, acreditamos em Deus em Sua Trindade, no Seu poder, glória e majestade. Acreditamos que tudo vai acabar bem, acreditamos nas intenções de algumas pessoas, acreditamos nos nossos instintos e intuições.  Talvez o que eu peço seja difícil de acreditar, talvez para você soe com acreditar em lendas ou histórias para crianças, talvez soe com acreditar em ficções, sejam as científicas, históricas, distópicas ou contos de fadas. Sim, poder parecer absurdo o que vou te pedir agora. Só te peço que acredite em mim. Falo só como se fosse pouca coisa, logo eu que já tive minha confiança destruíd...