O Labirinto

Quando dei por mim estava perdida nesse labrinto. Enganada, fui guiada pelo destino que me vendou os olhos e me colocou nesse lugar onde todas as saídas que eu encontro terminam numa mesma sala, que consigo ver de forma borrada atras do vidro fumê, mas todas as portas que ja achei estavam trancadas.

É um turbilhão de sentimentos e arrependimentos, momentos de revolta, decisões e desistências.  Algumas vezes eu tento encontrar uma saída diferente desse labirinto, alguma saída "pra fora", muitas vezes eu só quero conseguir achar uma porta que se abra para que eu entre naquela sala. A maior parte do meu tempo eu estou vagando, tentando entender o que eu quero, o que preciso, qual o melhor pra mim, ou até mesmo apreciando as belezas que encontrei pelo caminho.

Atualmente acredito que o melhor seja eu me empenhar pra ir embora de vez, nada de sala, nada de apreciação.  Pelo menos é o que me dizem. Mas sempre fica a dúvida, será  mesmo? O que sei é que lá fora eu espero encontrar o nada. Chega de caminhos que podem levar a salas. Por outro lado... bem, por outro lado sempre tem essa bufona, a quem carinhosamente chamo de Boba (da corte), mas que me confidenciou que o nome dela é  Esperança.  Ainda não sei de que lado ela está nessa história,  se do labirinto ou do meu. Às vezes ela me conforta, às vezes me incentiva mas sempre ri da minha cara quando termino triste e derrotada em frente a mais uma porta para a sala trancada. Ela me diz que um dia alguma dessas portas vai se abrir. Teve uma vez que ela até falou que o que está la dentro também procurava por mim, e só  nos desencontramos: nessa história que julguei mentira eu não acreditei.

Enquanto não descubro uma saída ou ninguém me tire daqui, vou seguindo e vagando nesse labirinto chamado Eros.